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26/12/2008

Proposta 21. Integração natalina e artezanal

No dia de Natal os bons sentimentos se reforçam, bem como os propositos para o futuro. Por isso estou voltando à ultima proposta(21) comentada em 12 de dezembro ultimo, e informo os leitores sobre o inicio do projeto do grupo do Terceiro Renascimento que está se encontrando a nove meses em Milano: descobrir no territorio italiano todas aquelas empresas "invisiveis" ( de pequenas dimensões e sem vocação ao marketing nem à comunicação) que encarnam inconscientemente os valores do Terceiro Renascimento, para envolve-las em um projeto mais amplo de crescimento e de reconhecimento, possibilitando visibilidade e conscientização a elas, e a nós linfa vital para o futuro, demonstrando que o made in Italy não está morto e ao contrario tem inumeras possibilidades de desenvolvimento. Uma visão consistente nesta direção nos é proporcionada pelo ultimo livro de Richard Sennet L'uomo artigiano(o homem artezão), onde o autor propõe recuperar as motivações e os talentos do artezão para modificar os paradigmas da qualidade que a sociedade industrial instaurou.

Proposta 21. (12 dezembro de 2008)
Um dos pontos do manifesto sobre o Terceiro Renascimento (veja na categoria "propostas" a de numero 17 , no ponto 9) propõem de recolher todas as experiencias desenvolvidas no territorio italiano nestes anos nos varios ambientes e ocasiões(dos festivais urbanos aos projetos distritais) para relançar suas potencialidades renascimentais além de suas proprias valenças locais, encontrando assim uma consciencia mais ampla de suas potencialidades. E esta vigesima primeira é portanto a proposta de tornar operante esta intenção, e de iniciar um monitoramento analitico a começar pelas milhares de empresas italianas - desde as maiores como Ferrero e Illycaffé às menores, como aquelas descritas nos livros sobre a excelencia do made in Italy (de Slow Economy à Nostra eccellenza), que encarnam, às vezes inconscientemente e instintivamente, o modelo do terceiro renascimento que estamos elaborando. Esta atividade de busca no territorio permitirá identificar e esclarecer os parametros sobre os quais poderemos definir a pleno titulo uma empresa na categoria da excelencia: centralidade da inovação fundamentada no territorio, capacidade de relacionamento humano, interdisciplinariedade, capacidades neo-artezanais aplicadas na logica industrila, transferencia virtuosa de conhecimento. Logo a partir da proxima semana iniciaremos portanto a mostrar as empresas exemplares que obedecer estes requisitos, e pedimos a todos vocés leitores para que nos indiquem outras experiencias empresariais - não importa a dimensão - que se alinham nesta direção. O objetivo declarado desta seleção é compôr um ranking das primeiras 100 empresas italianas que formarão a plataforma operativa do Terceiro Renascimento.

20/12/2008

Proposta 21. Monitorar as empresas inconsciente e instintivamente renascimentais.

Proposta 21. (12 de dezembro de 2008)
Um dos pontos do manifesto sobre o Terceiro Renascimento (veja na categoria "propostas" a de numero 17 , no ponto 9) propõem de recolher todas as experiencias desenvolvidas no territorio italiano nestes anos nos varios ambientes e ocasiões(dos festivais urbanos aos projetos distritais) para relançar suas potencialidades renascimentais além de suas proprias valenças locais, encontrando assim uma consciencia mais ampla de suas potencialidades. E esta vigesima primeira é portanto a proposta de tornar operante esta intenção, e de iniciar um monitoramento analitico a começar pelas milhares de empresas italianas - desde as maiores como Ferrero e Illycaffé às menores, como aquelas descritas nos livros sobre a excelencia do made in Italy (de Slow Economy à Nostra eccellenza), que encarnam, às vezes inconscientemente e instintivamente, o modelo do terceiro renascimento que estamos elaborando. Esta atividade de busca no territorio permitirá identificar e esclarecer os parametros sobre os quais poderemos definir a pleno titulo uma empresa na categoria da excelencia: centralidade da inovação fundamentada no territorio, capacidade de relacionamento humano, interdisciplinariedade, capacidades neo-artezanais aplicadas na logica industrila, transferencia virtuosa de conhecimento. Logo a partir da proxima semana iniciaremos portanto a mostrar as empresas exemplares que obedecer estes requisitos, e pedimos a todos vocés leitores para que nos indiquem outras experiencias empresariais - não importa a dimensão - que se alinham nesta direção. O objetivo declarado desta seleção é compôr um ranking das primeiras 100 empresas italianas que formarão a plataforma operativa do Terceiro Renascimento.

21/11/2008

()Proposta 18. Novas gerações e Terceiro Renascimento

Data da proposta: 21 novembre de 2008
Para comprender a evolução possivel de um terceiro renascimento precisará confrontar-se com a evolução das gerações e suas caracteristicas mais profundas. Nesta proposta e na da proxima semana apresentamos 5 grupos geracionais que encarnam a condição criativa de sua geração, e que constituem portanto o nucleo duro dos consum-autores nas suas faixas etarias. Em baixo vamos descreve-los brevemente.
Posh-Tweens - (8-12 anos, ambos os sexos, Italia como pais tipico). Os Posh Tweens são adolescentes que gostam de novidades, talvez os ultimos e os unicos a seguir as logicas tradicionais da ultima moda, a propor esteticas omologadas e reconheciveis, que se encaixam no cenario das marcas e das griffes. Um nucleo geracional que podemos definir fashion victims. Por esta razão muitos estilistas e alguns designer se apresentam com suas linhas de produto para esta faixa etaria. Para este caso a proposta é imaginar modelos educativos novos, onde evitar excesso de conformismo.
Expo teens - (12-20 anos, ambos os sexos, Japon como pais tipico). Os Expo Teens são teen-agers que vivem sua identidade como"exposição" (que inclue a exibição, mas a exposição às tecnologias também, o uso dos codigos das tribos, a sensibilidade às variadas linguagens com a musica em primeiro lugar), e que criam seu proprio mundo estetico em cima desta plataforma. No mundo deste nucleo geracional a moda se encontra com a arte, a grafica e o design, e o ExpoTeen - com a mudança de idade - se torna ExperTeen. A proposta é de ajuda-los a desenvolver sua propria competencia, evitando excessos exibitivos e de narcisismo.
Linker People - (20-25 anos, ambos os sexos, Finlandia como pais tipico). Novos individuos que vivem a condição multiplayer, os Linker People vivem a condição urbana como um infinito reservatorio de estimulos para propor e colecionar. Eles se mostram trend setters nos comportamentos de consumo e grandes exploradores de comportamentos e modas. Um nucleo geracional aberto a todo tipo de combinações, mesmo imprevistas, entre fenomenos mediaticos e experiencia pessoal, para criar e repropor "codigos comuns". A proposta é de envolve-los da maneira mais ativa possivel na definição de novos projetos.
Unique Sons - (20-35 anos - ambos os sexos, China como pais tipico). È a geração dos filhos unicos: individualistas, egocentricos, narcisistas e consumistas. São e se sentem unicos, mas ficam procurando continuamente os irmãos que nunca tiveram. Este é o nucleo geracional que de fato representa o motor da nova sociedade de consumo - da China até o Mediterraneo -. Individuos envolvidos em atividades criativas e em performances economicas que constituem seu horizonte existencial. Entre a mitologia do capitalismo e a volta ao familismo. A proposta é de dirigir seu entusiasmo pelo consumo na direção da inovação.
Sense Girls - (25-35 anos, sexo feminino, Tailandia como pais tipico). Refinadas, sensiveis exoticas, as Sense Girls propõem uma estetica absolutamente distante da vulgaridade mediatica, pondo-se ao centro de uma revolução etica e estetica que define uma mudança profunda de paradigma, e neutraliza a corrida acritica para a modernização pelas grandes nações asiaticas. Neste caso a transformação será comandada não pelo Far East, mas pela Asia do meio e pelas comunidades budistas: junto com a Tailandia, a India e Sri Lanka, e junto com as moças sul-americanas e nord-europeias. A proposta é de mixar a sensibilidade estetica oriental com a ocidental.

18/11/2008

()Proposta 17. O Terceiro Renascimento em 10 pontos

Proposta 17 (14 de novembro 2008)
Depois de alguns meses de incubação a proposta 7 (5 de setembro 2008) está agora aprimorada, reavaliada e reforçada . Chegou o momento de publica-la nesta ultima redação como uma contribuição estruturada, elaborada em um grupo de amigos e profissionais que sentem com entusiasmo esta visão renovada por uma globalização criativa. O objetivo é colher nestas propostas de trabalho a maior quantidade de contribuições, ao fim de torna-las um movimento de pensamento, uma oportunidade de encontro, uma ocasião de debate.
1) Começar pela aliança entre projeto empresarial, visão politica, qualidade territorial e talento artistico. Olhar para o Renascimento italiano como modelo de sistema: sua capacidade de integração entre as esferas do saber, sua capacidade de desenvolvimento e irradiação.
2) Considerar a cidade como um laboratorio aberto de encontros e experiencias culturais, formativas, interdisciplinares, em que as empresas iluminadas voltem a ter um papel decisivo na expressão do talento.
3) Recolocar ao centro da formação pessoal a pesquisa e a invenção, a cultura do fazer, a experiencia das Artes e Profissões, o aprendizado entusiasmante da Oficina Renascimental, proporcionando nova dignidade e prestigio ao saber fazer, conciliando inovação tecnologica e tradição artezanal.
4) Experimentar a atitude do cuidado, o gosto estetico e suas expressões no ambito de uma redefinição etica da experiencia, que nasce do encontro um patrimonio de cultura e a capacidade de criação, entre sensibilidade e beleza.
5) Comprender quanto o aprendizado, o projeto, a transmissão contagiosa do saber possa tornar-se uma experiencia feliz e entusiasmante para as gerações jovens, se for ligada ao uso competente das novas tecnologias.
6) Definir uma possivel convergencia entre as novas fronteiras do Web, capitalismo responsavel e a propria visão do Terceiro Renascimento. Estimular modelos operativos fundamentados no valor mais do que no lucro, na co-criação mais que na ierarquia.
7) Valorizar a experiencia do Segundo Renascimento marcado na Italia pelo surgimento das fabricas do design (de Adriano Olivetti a Alberto Alessi) e das logicas avançadas do design thinking, que constituem uma alternativa importante ao modelo de management mais tradicional.
8) Integrar esta visão economico-cultural com os valores e as experiencias do Humanistic Management, e particularmente da open organization e da network economy como base de novos modelos organizacionais de suporte à atividade social e economica. Para enfrentar o tema delicado de "como aprender a aprender".
9) Reunir todas as experiencias desenvolvidas no territorio italiano nestes anos nos varios ambientes e ocasiões ( desde os festivais urbanos aos projetos distritais) e relançar suas potencialidades renascimentais além da sua propria valença local, fazendo-as adquirir uma nova potencialidade europea e internacional.
10) Agir como grande coletor e catalizador de propostas, projetos, pessoas e energias que sintam estar em sintonia com estes temas, para fornecer à Italia novas perspectivas de desenvolvimento e concretas energias para o crescimento.

07/11/2008

Proposta 16. O Terceiro Renascimento do ensino

As aulas na praça como exemplo de pratica puxante do Terceiro Renascimento: o desafio didatico, a cidade como palco, o contato com os cidadões, a sensibilidade intergeracional, a experimentação de novas praticas. Tudo parece demonstrar que os tempos estão maduros para uma visão ambiciosa como aquela do Terceiro Renascimento, que pode encontrar sua expressaõ maxima somente na Italia. A analogia com os festivais urbanos e seu crescente sucesso na Italia parece evidente. Como proposta desta semana vem portanto um apelo aos estudantes, seus pais, seus professores com o objetivo de reforçar a plataforma emotiva que está se criando para uma nova experiencia politica iluminada. Muitas vezes as coisas se percebem somente depois de faze-las. Não acredito que os estudantes precisem destas indicações porque estão se demonstrando muito mais sabios e inteligentes de quanto os adultos imaginariam: é só consultar o trabalho especial que Nova100 (em italiano) publicou na quinta feira passada sobre a Onda estudantil e sua capacidade de interpretar a Web 2.0, para comprender quanto seja realizavel um Terceiro Renascimento começando por baixo. E portanto esta contribuição vale mais para os pais, que ainda não entendem completamente o que está acontecendo, que para os filhos, finalmente protagonistas além dos bairrismos ideologicos.

1) Provem ser melhores que seus pais, evitando furores ideologicos e praticas sectarias, aprofundando as razões do protesto. Perfeita a tomada de distancia de personagens nevroticos e psicolabeis tipo Grillo.
2) Procurem caminhos originais e construtivos nesta recusa ao corte ao conhecimento imposto por politicos ignorantes. O modelo de referencia permanece o presidente culto e probo, Giorgio Napolitano.
3) Aproveitem este momento para relançar com alegria a capacidade de condividir as experiencias, tipica da sua idade, que sua geração parecia ter perdido. As novas tecnologias e o sucesso de Obama serão seus companheiros de estrada.
4) Estimulem e busquem o comprometimento de seus professores e de seus pais nos projetos que tem elaborado, promovendo o crescimento inter-geracional. Esta é a ponte, não ideologica mas emocional, com o '68. Os valores são os mesmos, mas desta vez sem conflitos geracionais e com praticas completamente renovadas.
5) Restituam frescor e energia à politica, avaliando as diferentes visões do mundo e lutando pelos valores em que acreditam. Com transparencia e entusiasmo, como nas aulas na praça, abertas aos cidadões.
6)Decretem neste modo e com força seu direito não somente ao estudo, mas à pesquisa e ao conhecimento também. Além das aulas na praça, seria lindo começar um programa de exploração da cidade em que vivem, seguindo a ideia dos flaneurs e dos situacionistas( ver o post de ontem).
7) Continuem sem hesitar o jogo do dribling e a atitude ao aprendizado, além do mundo adulto. A arte, o teatro, os espetaculos geniais e envolventes do Cirque du Soleil serão uma fonte de inspiração para o novo movimento.
8) Mantenham contatos com seus amigos de outras cidades e paises, dando alento internacional a sua visão. O Terceiro Renascimento vai ser construido em cima da educação, conhecimento e pesquisa.
9) Usem o momento do protesto ativando novos interesses e novas curiosidades, como aconteceu 40 anos atrás. Novos relacionamentos, novas seduções além do mito dos "famosos". Mostrando que o orgão mais erotico continua sendo o cerebro, enquanto o intelectualismo esteril é sua negação.
10) Valorizem este tempo vital extraordinario harmonizando as novas experiencias afetivas com o desejo de conhecer o mundo. As praticas inteligentes e as mentes abertas serão seu constante amparo.
( veja as propostas anteriores na categoria: terceiro renascimento)

31/10/2008

()Proposta 15. Obama e a politica do terceiro milenio

O grande interesse provocado pelo post de segunda feira passada a respeito da manifestação do PD (partito democratico, na oposição n.d.tr.) me convida a repropor seus argumentos em termos de proposta, com esta ideia de partida: trabar na plataforma emotiva que Obama soube criar nos USA, começando também pela interessante analise de Giuliano da Empoli no seu atualissimo livro Obama. A politica na era de Facebook, que esclarece algumas fases necessarias para entrar na politica do terceiro milenio.

" A manifestação de 25 de outubro se constitue em um divisor de aguas na politica italiana dos ultimos anos, por uma serie de condições externas que se criaram magicamente nestas semanas e que o Partito Democratico precisará saber utilizar nos proximos meses como plataforma emotiva para um relançamento, não somente nas pesquisas, mas também e sobretudo na definição de uma visão e de uma missão. E foi justo a falta de uma plataforma emotiva que dificultou até agora a credibilidade de um projeto lançado às pressas no ano passado para conter o retorno impetuoso de um Berlusconi de outrora. Estas condições respondem pelos nomes de Obama, Gelmini e Saviano. Tres nomes que nos levam a acontecimentos que Veltroni soube bem evocar e modular no discurso expectacular no Circo Maximo para uma plateia que vibrava de emoçâo. A querelle sobre os numeros não é relevante: o que interessa nestes casos é a tomada geral, o blink, a emoção comprimida e contida na intensidade de 55 minutos vividos num só folego, sem baixas de tensão, com a capacidade de refletir, com uma lucidez e um calor que só é dos grandes oradores e dos grandes discursos que ficam por muito tempo na nossa lembrança. E neste caso cai bem o paralelo com um Obama que se apresenta justamente nestes dias com as credenciais para um triunfo que periga ser arrebatador. Veltroni foi o primeiro leader politico do Ocidente a reconhecer o talento e compartilhar da visão do homem que parece fadado a mudar para sempre os paradigmas da politica americana e mundial, que a começar de sua biografia e de um uso inovativo da rede conseguiu na tarefa impossivel de transpor as fronteiras de uma Casa Branca desde sempre realmente só branca e etnicamente traçada: nunca teve um presidente que não fosse wasp, e sempre de origem britanica ou olandesa. Nunca um ispanico, um italo-americano e menos ainda um afro-americano. O Partito Democratico precisará saber endereçar o novo entusiasmo nesta mesma direção, abrindo imediatamente um relacionamento privilegiado com a Nova Casa Branca e o novo curso politico, apresentando uma receita que saiba superar a crisi financeira e esclarecer o fim de um modelo que encontra a direita despreparada e envolvida até os ossos em compromissos de responsabilidade economica e social. Veltroni não hesitou em indicar este como o unico caminho possivel. O segundo nome é o da Gelmini que tornou-se em poucas semanas o simbolo da insuficiencia, da superficialidade, da ignorancia e do provincianismo de um grupo em que somente Fini (não por acaso critico e afastado nesta fase) parece em condição de usar com sabedoria sua preparação politica e institucional. É desconcertante que com o decreto sobre o professor unico na escola primaria (a unica que funciona na Italia, com o reconhecimento no mundo todo), o grupo de governo foi tocar o nervo descoberto da sua fraqueza: a cultura, a educação, a capacidade de desenvolver projetos serios sobre um tema tão estrategico e decisivo, sobre o qual a cultura docentro-esquerda tem uma vantagem enorme, qualquer que seja a opinião de Luca Ricolfi no seu belo livro sobre a inegavel antipatia da esquerda. A superioridade moral e cultural da esquerda é inegavel também; os numeros a demonstram: a media dos livros lidos, de eventos culturais frequentados, de projetos sociais encaminhados no territorio. Por outro lado esta superioridade quase sempre foi-se transformando em desvantagem: a cultura e a inteligencia culturizada levam às distinções cavilosas, ao desenvolvimento da conciencia critica, às infindas discussões nas quais e esquerda se debate eternamente: aos muitos galos no galinheiro.
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l pollaio. Ma nello stesso tempo è una forza straordinaria quando si tratta di smontare le fragili visioni e decisioni di una destra che sulla scuola, sull’Università, sulla ricerca e sulla cultura ha davvero poco da dire e da proporre. Perché come ha saputo felicemente ricordare Veltroni nel suo discorso, per Berlusconi la scuola è la televisione, la sua televisione. Su questo tema il PD potrà recuperare le centinaia di migliaia di genitori che in Italia sono preoccupati per il destino dei loro figli: in Italia – come sappiamo – i figli e la famiglia contano più di ogni altra cosa. Ed è qui che si intravede uno spazio per la riscossa di una Italia che vuole ripartire dai propri talenti nascosti, dai propri valori e dal proprio carattere imprevedibile, ingegnoso e creativo. E’ qui che il Senso dell’Italia può trovare spazio e respiro, nell’utopia realizzabile di un Terzo Rinascimento.L’intempestiva imposizione del decreto sulla scuola ha dunque creato i presupposti di una rivolta e di una presa di coscienza collettiva, al di là delle posizioni politico-ideologiche, tra interi settori della società: dalle mamme agli studenti di tutte le età che fino a quel momento non avevano mai manifestato direttamente una opinione tanto chiara sul futuro.Il terzo nome è quello di Roberto Saviano, che nel corso della manifestazione e del discorso di Veltroni ha ricevuto l’applauso più lungo. Un personaggio - simbolo stesso della possibilità di un Terzo Rinascimento -, con la sua lucidità d’analisi e talento nella scrittura. Con la sua capacità di far convergere ragione ed emozione, una capacità che costituisce la cifra stessa della sua scrittura e della sua protesta, e che evoca la forza di personaggi altrettanto virtuosi nella chiarezza e nella passione: dal Che a Martin Luther King. Ebbene, a dispetto del suo iniziale posizionamento bi-partisan, Saviano sta diventando un eroe del PD al di là delle sue intenzioni, per forza di gravitazione spontanea: Gomorra trionfa nelle librerie e nelle sale cinematografiche coinvolgendo per la stragrande maggioranza quel popolo che le frequenta e che appartiene al mondo del centro-sinistra. Se a questo aggiungiamo le gaffe di Maroni, il coinvolgimento di esponenti della Pdl come Cosentino nelle trame camorriste, e soprattutto la scarsa credibilità di Berlusconi nel combattere questi fenomeni, il quadro appare chiaro e l’evoluzione altrettanto probabile. Saviano è e sarà il simbolo di quell’Italia morale e battagliera che appare migliore di chi la governa. Non bisogna avere paura di affermarlo, a costo di apparire antipatici, e su questo però costruire le basi di una reale alternativa civile e illuminata. Tutti i valori che emergono e continueranno ad emergere nei prossimi mesi e nei prossimi anni sono e continueranno ad essere quelli compatibili con una sinistra riformista nelle pratiche e radicale nei valori, che non accetta compromessi, ma che sa dialogare, ferma e sicura della propria visione del mondo, ma ormai lontana dai veti ideologici e dalle chiusure preconcette. Non è possibile prevedere quanto tempo ci vorrà, ma è certo che il nostro futuro va in questa direzione, e che Veltroni vincerà la sua battaglia, se solo riuscirà a consolidare la sua piattaforma emotiva. La manifestazione del 25 ottobre è stato un primo, importante passo in questa direzione, a condizione che non si smarrisca la strada di una nuova progettualità.(veja as outras propostas sobre o terceiro renascimento
( veja as propostas anteriores na categoria: terceiro renascimento)

Proposta 14. Fenomenologia da felicidade

Data da proposta: 24 de outubro de 2008
Para introduzir o tema do futuro que está a nossa espera, é importante nesta proposta refletir sobre a outra face do medo, ou seja sobre o desafio cotidiano da felicidade. Vamos refletir sobre este modelo, que reune os mais interessantes resultados extraidos de uma pesquisa internacional dedicada á nova concepção da felicidade pessoal, realizada pelo Future Concept Lab em 8 paises (Alemanha,Espanha, Finlandia, França, Inglaterra, Italia, Olanda, Russia), e que vai estender-se nos proximos anos aos Usa, America latina e aos principais paises asiaticos.

O PASSADO. O FUTURO
A felicidade que divide. A felicidade que une.
A dadiva da felicidade a poucos favorecidos. A felicidade do doar, acessivel a todos. A felicidade como apropriação, acquisição. A felicidade como troca, condivisão.
Etica da felicidade individual. Felicidade na etica pessoal.
A felicidade do consumo, que pode-se perder. O consumo feliz, que perdura.
O conto da felicidade, através da ostentação. A felicidade do conto, através da imaginação.
A felicidade projetada no futuro e na tecnologia. O futuro e a tecnologia, reconduzidos á uma vida feliz.
Felicidade a ser defendida, que cria ansiedade e medo. Felicidade a ser condividida, que cria serenidade.
Felicidade como "efeito especial". Felicidade como afeto "especial".

A hipotese de base que fica confirmada pelos resultados da pesquisa, realizada com metodologia etno-antropologica e a anotação cotidiana de diarios da felicidade, concerne a mudança no proprio modelo de experiencia feliz, e a maneira como esta é percebida: menos ligada ao possuir e aquisir bens materiais, que temos medo de perder, e mais proxima á uma capacidade de regozijar junto, que afasta o medo antes mesmo dele nascer. De fato a Italia demonstra uma grande vocação e um talento em manifestar este tipo de felicidade, que tem a valia de ser universal também, e inscrito em um horizonte inter-geracional que re-aproxima os adolescentes aos adultos, a idade jovem á idade madura. Uma felicidade não-economica e muito emotiva, sensorial, que todos os entrevistados demostram apreciar, inclusive porque afasta o medo. Este foi o assunto debatido durante tres dias na convenção internacional organizada pelo Centro Pio Manzú em Rimini, ouvindo relatores do calibre de um Antony Giddens e Serge Latouche.
E este é justamente o cerne da proposta: vamos aprender a condividir de todas as formas nossos pequenos e grandes momentos de felicidade. A alguns anos a felicidade era privativa, alcançava-se a sós, e era comparativa: sou mais feliz que os outros em volta de mim? Hoje a felicidade, embora a alcancemos pessoalmente, precisa ser comunicada aos outros, e constituirse em fonte de troca, como um presente. Condividir as proprias experiencias de vida e de consumo vem a ser uma prioridade para um numero crescente de pessoas, correndo atrás da propria felicidade, como muitas vezes lembramos neste blog. A felicidade convivial, para ser consumida em companhia está crescendo entre os jovens, criando e reforçando os relacionamentos: a comida neste sentido volta a ser fundamental, em especial na Italia. O melhor antidoto contra o medo.
( veja as propostas anteriores na categoria: terceiro renascimento)

Proposta 13. O que a crise nos ensina

Data da proposta: 17 de outubro de 2008
O imaginario da crise economica que nestes dias tem reforçado sua presença mediatica eliminando qualquer outra preocupação, merece alguma reflexão e pensamento resolutivo.
1) A crise atual demonstra a crise definitiva de um modelo de desenvolvimento que já era evidente a alguns anos. O fim de um mundo porém , não é o fim do mundo. De uma epoca de mudanças nasce hoje uma mudança de epoca, como repetimos varias vezes neste blog. O rei está definitivamente nu.
2) Os valores que emergem (sustentabilidade ambiental, centralidade do humano, criatividade cotidiana, direitos individuais) precisam se transformar em virtudes, em uma luta em que o individuo precisa conquistar para si o direito de ser o autor, o sujeito da sua propria existencia: a possibilidade de construir sua vida individual, com sua especifica diferença em relação a todas as outras e sua capacidade de dar um sentido geral a cada evento particular.
3) Revalorizar as qualidades tangiveis, cujo conteudo a finança selvagem tinha esvaziado.
4) Revalorizar o longo prazo, uma logica engolida pela visão do curto prazo que tem dominado nas decisões das multinacionais e na avaliação dos objetivos trimestrais, e que tem migrado para o credito ao consumo e o uso patologico da carta de credito.
5) Tudo aquilo que emerge do desmoronamento do neo-liberismo e do economicismo precisa de qualquer forma ser orientado na direção de uma sociologia da subjetividade. A economia não sobrevive sem uma visão social renovada. O sujeito é sempre individual, mesmo quando se envolve na ação coletiva, no papel de defensor de um direito universal.
6) Os direitos individuais constituem o eixo desta nova fase descrita por Touraine em A globalização e o fim do social.
7) A fragilidade do eu depois do occaso dos Grandes Contos, encontra a possibilidade de um grande conto dele proprio a reconhecer a existencia individual e singular. Esta possibilidade se torna concreta pela revolução da Rede, com os blogs e social networks, em que o individuo participante torna-se um protagonista.
8) O sujeito se esforçará para criar instituições e regras de direito capazes de sustentar sua liberdade e criatividade, utilizando estas instituições e associações, sem porém dobrar-se a elas.
9) No Terceiro Renascimento precisará elaborar a imagem e identidade do sujeito-autor, fecundas de virtudes inconcientes, que herdamos do Renascimento Italiano. Aquele que será inevitavelmente o sujeito da historia, e que vem a ser o contrario do sudito ou do consumidor.
10) O emergir do sujeito está ligado ao declinio das grandes narrações mencionado por Jean-François Lyotard, e que vem sendo porém substituidas pelas grandes narrações pessoais que a Rede nos traz. A vida do sujeito pessoal terá a mesma dramaticidade da historia do mundo.
Resumindo, a decima terceira proposta é recomeçar a partir das mudanças que a crise decretou definitivamente, para plasmar de forma nova nosso horizonte futuro.
( veja as propostas anteriores na categoria: terceiro renascimento)

30/10/2008

Proposta 12. Nós não temos medo

Data da proposta: 10 de outubro 2008
Enfrentamos já varias vezes este tema neste blog mas desta vez a contrubuição vem de David Lyon, sociologo frances que recentemente participou do festival do direito de Piacenza.
Lyon esclarece que o medo e a insegurança são um produto daquelas mesmas tecnologias que deveriam combate-los, por conta de uma especie de paradoxo perverso. Mais camaras filmadoras não te fazem sentir mais seguro, ao contrario aumentam a ansiedade e a suspeita. Maiores contatos telefonicos com nossos familiares não oferecem tranquilidade e sim criam um estado de tensão permanente. Sobre este aspecto reportamos um trecho do discurso di Lyon que não deixa duvidas: "Certezas e relacionamentos sociais desmoronaram, vivemos na era da suspeita. Um tempo tinha importancia quem vocé era e aquilo que vocé sabia fazer, hoje a regra é: " o que nos sabemos de vocé?". Como nunca se sabe o suficiente, a ansiedade cresce"
A decima segunda proposta se refere portanto a uma primeira necessidade, a de reconquistar a coragem de viver, afirmando: Nos não temos medo. E ainda. Nos não temos medo de não encontrar um emprego. Nos não temos medo de perder o emprego. Nos não temos medo de viajar pelo mundo. Nos não temos medo de ter coragem. Nos não temos medo de sair aos 20 anos da casa dos paes. Nos não temos medo de sonhar o futuro. Nos não temos medo de ser agredidos por um imigrante. Nos não temos medo de denunciar quem nos agrediu, qualquer ele seja. Nos não temos medo de ficar entediados. Nos não temos medo de ter uma opinião. Nos não temos medo de argumentar com quem tem uma opinião diferente da nossa. Nos não temos medo de não ser suficientemente importantes. Nos não temos medo de quem é racista porque é natural para ele. E assim poderiamos continuar e até criar uma nova colecção de camisetas....
( veja as propostas anteriores na categoria: terceiro renascimento)

26/10/2008

Proposta 11. Praticas minimas, começando pelas crianças

Data da proposta: 3 de outubro de 2008
Nos proximos dias será distribuido nas escolas inglesas um manual de conselhos praticos, elaborados pelas crianças e pelos seus educadores, sobre pequenos recursos e comportamentos virtuosos para economizar energia, proteger o meio ambiente e reforçar as relações cotidianas entre as pessoas. Ora, quando falo de praticas a ser renovadas me refiro a isto também. Começar pela banalidade dos gestos repetidos no dia a dia, e plasmar uma nova consciencia partindo de baixo, invertendo a classica concepção que tem devastado os comportamentos da esquerda: o pessoal é politico(a ação pessoal n.d.tr). Desta convicsão, que bem se originava na condivisão de uma serie de valores corretos, que estão vencendo no mundo todo (veja a proposta 8- da defesa dos direitos á sustentabilidade ambiental) descende uma serie infinita de praticas que ao contrario comprometeram o correto funcionamento da sociedade e das relações inter-pessoais : da ditadura do proletariado ao 6 politico (o direito á nota minima para todos n.d.tr), do casal aberto ao permissivismo, da cultura das drogas á folia dos "compagneiros que erraram". Uma dramatica divaricação entre valores que paradoxalmente estão triunfando no mundo todo (até Bush teve que se dobrar á evidencia que a intervenção do Estado é necessaria...) e praticas cotidianas sem sentido, ideologicas, obtusas e incapazes de estimular as sensibilidades pessoais. Em suma, não comprender que o politico é pessoal (a ação politica n.d.tr.), e precisa encontrar tons e linguagens em sintonia com a vida real das pessoas.
A proposta portanto é: defendamos nossa capacidade de produzir e seguir os valores corretos, mas aceitemos abandonar praticas obsoletas e profundamente erradas. Após diagnosticos quase sempre articulados e corretos (um exemplo recente: a leitura no-global do mundo, que bem se assemelha á realidade) sigamos com terapias igualmente focadas. Se o diagnostico for correto mas a terapia continua errada, é certo que o paciente morre.
( veja as propostas anteriores na categoria: terceiro renascimento)

25/10/2008

Proposta 10. Ser visionarios porém precisos

Data da proposta: 26 desetembro de 2008.
A decima proposta se defronta com um paradoxo aparente: conciliar a visão com a precisão. Vivemos hoje não em uma epoca de mudança mas em uma mudança de epoca. É muito dificil hoje ser contemporaneos ao nosso proprio presente. E para isto precisa ter a coragem de ser precisos e não aproximativos. Quem acompanha este blog sabe que a pontualidade e a precisão eu diria ritual (em mais de um ano não pulamos nem um dia...) constituem uma regra absoluta para quem escreve. Uma grande expressão de liberdade. As previsões tem que ser relidas e analisadas depois de um tempo: de maneira precisa. Construir o futuro significa saber quais são as heranças positivas a trazer do passado e de que modo repropo-las. O Renascimento foi levado para frente por pessoas dotadas de instinto estetico e profetico. O artista é um profeta capaz de ver antecipadamente este mondo inovativo. Pela primeira vez o homem se torna arquiteto do seu proprio futuro. Aliás através também da importancia da precisão. A precisão pode resgatar o homem da ignorancia cientifica, como Galileo conseguiu fazer: isso significa aceitar de se defrontar com precisão no confronto sobre a diversidade. Aquilo de que gostamos e aquilo de que não gostamos, com precisão e coragem em tomar distancia daquilo de que não gostamos nos outros, e de avaliar em maneira nova o que podemos em todo caso aprender deles.
A proposta é portanto cultivar a precisão na inovação, e construir experiencias em que até a atenção a pequenas falhas seja cultivada como uma possibilidade de crescimento.
(veja as propostas anteriores na categoria: terceiro renascimento)

24/10/2008

Proposta 9. Dialogos concretos sobre a diversidade

Data da proposta: 19 de setembro de 2008
A nona proposta sai de uma reflexão sobre a primeira edição do festival Igual-Diferente organizado semana passada (12 a 14 setembro) pelos prefeitos de Novellara e Luzzara na baixa reggiana (perto de Reggio Emilia n.d.tr.). A intuição que sustenta este projeto tem a ver com a necessidade de enfrentar as praticas concretas da integração e a gestão da diversidade através do desafio do dialogo. O unico caminho possivel que deve evitar tanto a intolerancia como a complacencia. É bonito ver as pessoas redescobrirem a arte da conversação, enfrentando o paradoxo de uma epoca - a nossa -que tudo comunica e nada revela. Um espaço de reflexão que permite a diversidade como base e complemento para propor novas praticas de que sentimos estar precisando. Conhecer para aceitar. Escolher a convivencia como uma nossa ação . Ai está a substancia da proposta. Os dialogos criativos permitem que se possa falar para fazer, pensar para falar. Pensar e falar sobre o sentir, percebendo a existencia. Dialogos, porque é necessario encontrar uma unidade essencial através do mosaico de valores e comportamentos diversos que cada dia temos que enfrentar. Elegancia, cultura, respeito, beleza. Cresce o esforço para criar identidade através da alteridade, raizes de dignidade. Para uma prosperidade sustentavel. Vivemos hoje não em uma epoca de mudança mas em uma mudança de epoca. É muito dificil hoje ser contemporaneos ao nosso presente. Construir o futuro significa saber quais são as heranças positivas a trazer do passado e de que maneira repropo-las: e o unico modo para faze-lo parece ser o dialogo criativo.
( veja as propostas anteriores na categoria: terceiro renascimento)

23/10/2008

Proposta 8. Conciliar os valores emergentes com as praticas possiveis

Data de proposta:12 de setembro de 2008
Nas sociedades contemporaneas está evidenciando-se um fenomeno curioso que pode tornar-se uma patologia social: uma divaricação sempre mais acentuada entre os valores emergentes e as praticas concretas que as pessoas adotam e atuam. Em especial podemos afirmar que todos os valores que no longo prazo estão se impondo (sensibilidade ambiental, condivisão do conhecimento, democratização do gosto, compromisso como cidadão, respeito dos direitos) provém da cultura da esquerda europeia e americana, ao passo que as praticas dominantes são muito mais a expressão do pragmatismo e liberismo da direita.
Na Italia esta divaricação fica particularmente dramatica, e pode ser sintetizada numa expressão que parece ironica mas só aparentemente: estamos nas mãos de uma direita capaz de tudo e de uma esquerda que não sabe fazer nada. Uma direita que não tem mais nenhuma orientação de valores e que regula-se por um decisionismo generico e cego, e uma esquerda que só para defender seus proprios valores renuncia a toda e qualquer forma de governo.
A proposta portanto é criar no territorio laboratorios de experimentação que possam, sobre um valor condividido (por exemplo a sensibilidade ambiental ou o respeito pela diversidade), conseguir elaborar novas estrategias e imaginar novas praticas, individuais e coletivas, a ser promovidas futuramente como projeto cidadão e social.
(veja as propostas anteriores na categoria: terceiro renascimento)

22/10/2008

Proposta 7. Os 10 pontos do Terceiro Renascimento

Data da proposta: 5 de setembro de 2008.
Nesta setima proposta - e depois de um ano de reflexão que no blog pode ser facilmente reconstruido - iniciamos a sintetizar os primeiro 10 pontos que definem o projeto do Terceiro Renascimento e que nos proximos dez anos poderão tornar-se uma plataforma de trabalho e de confronto .
1) Recomeçar pela aliança entre poder economico, visão politica e talento artistico, reestudando com atenção o modelo da Republica de Veneza e a Florença dos Medicis. Outros modelos a aprofundar: a Atenas de Pericles, as outras Republicas Marinaras, a Andalusia no 300, Florença no 400, Lisboa e Bruges no 500, Amsterdam no 600, Paris no 700, Viena no 800, e ainda Paris nos anos 10, Berlim nos anos 20, Buenos Aires nos anos 30, Nova Yorque nos anos 50, Londres nos anos 60, Milão nos anos 80, São Francisco nos anos 90, as cidades do BRIC(Brasil, Russia, India e China) depois do 2.000.
2) Considerar a cidade italiana como um laboratorio aberto de encontros e experiencias culturais, formativas, interdisciplinares, em que a atividade empresarial e a finança avançada tenham condição de atuar um papel iluminado.
3) Recolocar ao centro da formação pessoal a experiencia das Artes e Profissões, e o aprendizado entusiasmante da oficina renascimental.
4) Valorizar neste processo o cuidado, o gosto estetico e suas expressões no ambito de uma redefinição etica da experiencia. A reflexão iniciada en Il Senso dell' Italia pode ser util.
5) Comprender quanto a transmissão contagiosa do saber possa tornar-se uma experiencia feliz e entusiasmante para as gerações jovens, se for ligada á difusão das novas tecnologias.
6) Comprender e moldar uma convergencia natural entre Web 3.0, capitalismo 3.0, terceira economia (aquela que se sustenta no voluntariado) e a propria visão do Terceiro Renascimento.
7) Valorizar e comprender - neste percurso - a experiencia do Segundo Renascimento marcado na Italia pelo surgimento das fabricas do design (de Adriano Olivetti a Alberto Alessi) e das logicas avançadas do design thinking, que constituem uma alternativa avançada ao modelo de management anglo-saxão.
8) Integrar esta visão economico-cultural com os valores e as experiencias do Humanistic Management que desenvolveu nestes anos uma atividade teorica consistente e que merece uma difusão mais ampla.
9) Reunir, começando por estas coordinadas condivisas, todas as experiencias desenvolvidas no territorio italiano nestes anos nos varios ambientes e ocasiões ( desde os festivais urbanos aos projetos distritais) e relançar sua potencialidade além da sua propria valença local.
10) Conseguir na tarefa de reunir e catalizar as propostas, projetos, pessoas e energias que sintam estar em sintonia com as cordas desta visão, e que sejam disponiveis a renunciar a logicas de botequim, a cercas ideologicas, a bairrismos defensivos e a sindromes de prima donna.
veja as propostas anteriores na categoria: terceiro renascimento)

21/10/2008

Proposta 6. Estender o Terceiro Renascimento ás associações já existentes.

29 de agosto de 2008
Para sustentar, desenvolver e difundir os valores e as praticas do Terceiro Renascimento, não é suficiente a boa vontade nem a Rede generica: é necessaria uma aliança com projetos e associações já bem enraizadas no territorio e que possam fazer proprio em modo original este projeto e a visão terceirorenascimental, levando-a em frente nos seus moldes de tempo e meios.Uma ideia poderia ser por exemplo de uma sensibilizaçaõ dos Rotary Clubs - antes na Italia e depois no Mundo - que nos seus estatutos e na sua carta dos valores já propõem uma visão similar em termos reasi e ideais áquela proposta pelo Terceiro Renascimento. Uma primeira ocasião poderia ser a apresentação no dia 11 de setembro do livro Il Senso dell'Italia no Rotary Club Napoli Oeste, que foi gentilmente convidado a fazer , dentro de um dialogo que deveria examinar também o grande tema do Sul, de Napoli e de sue possivel papel no Mediterraneo. Um mes depois da conferencia para imprensa do dia 12 de agosto no hotel Kalindria do Spa Nova Yardinia perto de Taranto(Puglia), onde o argumento debatido foi este mesmo, com referencia especifica ao papel que Le Puglie podem ter no turismo no Mediterraneo. As disponibilidades, as energia e as pessoas potencialmente envolvidas ou envolviveis nesta visão são realmente muitas e a ideia é esta: exortar o leitor a mostrar realidades, grupos ou associações que poderiam ter interesse em tornar-se um elemento estrategico , da grande Rede espontanea que tencionamos alimentar com novas ideias, projetos e propostas. O mundo Rotary pode ser o primeiro passo, muitos outros confiamos possam seguir o exemplo.
( veja as propostas anteriores na categoria: terceiro renascimento)

20/10/2008

Proposta 5. Fotografar o amor e o odio ao Sul

22 de agosto 2008
O bom livro L'impresa forte. Un manifesto per le piccole imprese (A empresa forte. Manifesto para as pequenas empresas). de Paolo Preti e Marina Puricelli, ambos professores na Bocconi e portanto acreditados a interpretar o modelo de business para pequenas e medias empresas italianas, sustenta aquilo que tantas vezes foi repetido neste blog. O sistema Italia como Pais não está em declino. Ao contrario possui "um sistema operativo" baseado em valores e competencias que dificilmente poderão ser replicados ou reproduzidos em outros lugares e portanto pode contar com uma vantagem competitiva não imaginavel apenas alguns anos atrás.
Está certo, até agora o desenvolvimento foi relativo e insuficiente, e o jogo , ainda que aberto e no começo, não está absolutamente ganho. Para contrastar o desafio da globalização precisará equiparse e em particular reforçar tres dimensões, indicadas no livro com clareza: cultura, competencia, educação. Isto tem que acontecer não somente ao Norte ou Nordeste (da Italia,n.d.tr), mas também ao Sul onde algumas semanas atráz participei de uma reunião dos Jovens Empresarios da Confindustria( federação da industria italiana n.d.tr) na Calabria com o emblematico titulo: la bellezza salverá il Mezzogiorno? (a beleza salvará o Sul da Italia?). A respostaé não, se não se criam as condições para pode-la reconhecer, regenerar, relançar. O slogan da reunião também We love Sud é bonito mas não é suficiente, como o artigo de La Capria no Corriere dedicado á outra face de Napoli. Não é suficiente rapazes, sinto muito. O extraordinario patrimonio de beleza do Mezzogiorno d'Italia tem que ser virado ao avesso como uma luva, adotando as chaves da cultura, da competencia, da educação. A começar pelas escolas e pelas familias, os bares e as praças, além dos tribunais e empresas. Aquilo que escutei e as pessoas que encontrei, a começar pelos jovens empresarios que se opuseram corajosamente á 'ndragheta(mafia calabresa n.d.tr), deixam boas esperancas, propondo o slogan We love Sud.
A proposta portanto é de construir sobre este slogan uma atividade articulada que comece contando porque amamos o Sul, e ao contrario quais são as coisas que odiamos do Sul. Enviando fotos e cronicas. Fotografando-as e enviando as fotos para este blog que as ordenará e publicará. E então talvéz possamos recomeçar a raciocinar. A proposta é de começar a produzir novas cronicas acima do Sul, mais em linha com as direções da mudança global em andamento.
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16/10/2008

Proposta 4. Inserir os 3 Brunos nos programas escolares

15 de agosto de 2008
Para uma sociedade orientada ao Terceiro Renascimento é necessario iniciar pela educação das crianças desde a mais tenra idade. Em especial torna-se estrategico e iluminante elaborar novas praticas educativas capazes de canalizar a excepcional fantasia e capacidade de imaginação das crianças, combinando-as com a plasticidade mnemonica e o potencial de aprendizagem que o cerebro tem nos primeiros anos de vida. Para este objetivo são interessantes dois livros saidos ultimamente na colecção Adelphi, ambos tratando do imaginario infantil.
O primeiro de uma jovem autora italiana - Letizia Muratori - La casa madre, com dois contos onde os protagonistas - uma menina e um menino de 7 anos - desenvolvem seu potencial imaginativo, a primeira abraçando o mundo das bonecas Cabbage - um best seller dos anos '80 - e o segundo recriando um mundo Fantasy com espadas luminosas e cavaleiros do Apocalipse, transfigurando assim a desolação da exploração da prostituição feminina em um mundo de fadas e aventuras extraordinarias.
O segundo de um autor americano - Peter Cameron - que em uma serie de curtos contos com o titulo Medo da matematica descreve a capacidade de reação emocional de um mundo infantil que reclama por um afeto familiar que muitas vezes está absente em um mundo obcecado pelas performances do consumo. O menino que recusa-se a falar desde quando os paes se separaram torna-se o pequeno heroi deste mundo que tem a dificuldade de redescobrir as qualidades simples da afetividade. A proposta portanto é de decidir uma nova aliança entre escola e familia, definindo alguns valores basicos para ser transferidos ás crianças, estimulando suas capacidades imaginativas. Iniciar a ler e a ensinar na escola os jogos e os livros de Bruno Munari (e ......) e comentar junto os filmes de Bruno Bozzetto . Os dois grandes Brunos que descobriram o Renascimento do jogo tem que entrar obrigatoriamente nos programas escolasticos. Junto ao pensamento de Giordano Bruno.
(veja as propostas anteriores na categoria: terceiro renascimento)

10/10/2008

Proposta 3: Alimentar a rede de italicos no mundo

Data da proposta: 8 agosto 2008
A terceira proposta é relativa á italian way , o made in Italy , o sentido da Italia. Mudando para um terreno novo e pouco visitado, alimentando uma rede de italicos no mundo, rede que já existe. A publicação do libelo " Italici. Il possibile futuro di una community globale" (Italicos, o possivel futuro de uma comunidade global), convalida definitivamente a longa gestação da intuição que Piero Bassetti apresentou a 15 anos quando, no meio da incredulidade geral, iniciou a trabalhar sobre o conceito de italicos, ou seja , de uma comunidade global por volta de 150 milhões de pessoas , que no mundo exprimem não somente um estilo de vida, mas também um estilo de pensamento á italiana, que podemos definir italian way , e que vai muito além do made in Italy, e da nação italiana fechada entre seus confins.
O livro se articula a partir de uma longa entrevista concedida recentemente por Piero Bassetti , na qual expoem todas as etapas evolutivas da italicidade e se conclui com um Manifesto dos glocalistas, no qual são recuperados alguns momentos da teoria da complexidade que tanto influiu na elaboração da antropologia post-colonial. O que rende extraordinariamente fertil e original o trabalho de Bassetti é a aplicação destes conceitos á realidade e á cultura italiana no mundo, que o autor define como diasporas e que se mostram como perfeitas interpretes daquela que nos temos definido a estrategia do beija-flor .
Bassetti compara a comunidade global italica com o Commonwealth de culturas, de experiencias, de ideais, uma busca por uma união de todas as pessoas que tenham uma raiz italiana, e- nos completamos- que tenham aquela sensibilidade, aquele gosto, aquela maneira de pensar , que constitue um extraordinario patrimonio(asset) no mundo para sustentar uma visão da vida mais proxima aos valores do Terceiro Renascimento: in um mundo do conhecimento em que a inovação seja o momento no qual o saber e o poder se encontram para fazer a tradição, os valores, a historia.
A proposta portanto é : completar a rede italica con participações, sugestões e ideias que possam alimentar esta visão ajudando a Italia a se tornar o ponto de referencia mundial para o lançamento de um Terceiro Renascimento.
(leia as outras propostas na categoria: Terceiro Renascimento)

09/10/2008

Proposta 2 : Praticar o cuidado

Data da proposta: 1 agosto 2008
Uma segunda proposta no caminho do Terceiro Renascimento tem a ver com a necessidade de re-aprender a dedicar nosso cuidado a algo. As pessoas voltam espontaneamente a esta pratica em se ocupando dos seus proprios animais domesticos, cultivando pequenas hortas, e jardins nos terraços de casa, ou dedicando sempre mais tempo á manutenção criativa da residencia ou do carro. Mas aqui estamos falando de algo mais sistematico, além dos hobbies particulares, que possa ser ensinado nas escolas : aquilo que tempo atrás se ensinava nas aulas como " aplicações tecnicas" poderia tornar-se um periodo e um espaço dedicado á atividade de dedicar-se com cuidado a algo. De cursos rapidos de pronto socorro, a formas leves de gardening, até o ensinamento da enogastronomia ou do corpo humano.
No belo livro de Flavia Arzeni, Un' educazione alla felicitá( uma educação á felicidade), no qual a autora apresenta ao leitor o mundo de dois grandes autores, ambos premio Nobel - Hermann Hesse e Rabindranath Tagore - volta-se á metafora do jardim como modelo de cura feliz, atravéz da qual Hesse se mostra feliz de ter oferecido, por meio da sua propria experiencia, o jardim como modelo de sobrevivencia aos males do mundo, sejam eles publicos ou privados.
Hoje a ideia que a natureza - e o jardim que dela é a interpretação a medida do homem - tenha valor terapeutico e educativo, tanto para o individuo como para a sociedade da qual este faz parte - é um dado sempre mais aceito. Cuidar do jardim é um exercicio de respeito e uma aprendizagem de amor. Seria bonito encontrar a maneira de reformar nossa escola em um modelo educativo que saia destas premissas e não esqueça a importancia do cuidado. Portanto a proposta é de individuar cotidianamente o objeto da nossa cura e de conta-lo para os amigos: ao que vocé dedicou seus cuidados hoje ?
(leia as outras propostas na categoria: Terceiro Renascimento)


26/09/2008

Proposta 1- Ensinar as regras do Capitalismo 3.0

Data da proposta : 25 de julho 2008
Fundamental na construção do Terceiro Renascimento e da sua visão, a leitura do livro Capitalismo 3.0. O planeta patrimonio de todos. de Peters Barnes, que esclarece a possivel evolução- sem ingenuas rupturas revolucionarias- do nosso sistema capitalistico para uma forma mais consciente de visão politico-social che o proprio autor justamente define up-grading do programa operativo da nossa sociedade.
Os ultimos 10 anos demonstraram- no impulso do movimento no-global e de muitas associações e fundações- a não sustentabilidade do modelo economico, social e financeiro construido até hoje. Em particular está se manifestando nos ultimos anos e na passagem do milenio a centralidade dos commons , os bens comuns como ar, agua, informação, inteligencia e laços sociais , que não podem ser ainda mais divididos e privatizados e que não podem ser administrados por meio das classicas logicas da propriedade . Não por espirito de bondade nem por ideologia mas pela sobrevivencia do nosso planeta e de nossa vida social. Pela pura e simples sustentabilidade do sistema. Barnes identifica- com a clareza e lucidez tipica dos anglosaxões- tres conjuntos a serem influenciados pelas novas logicas dos commons: o meio ambiente, a cultura e os laços sociais, e imagina a definição de um novo contrato social, a respeito deles , com as gerações futuras que estão arriscadas a receber contaminados estes bens comuns .
Esta intuição cria uma visão unica e poderosa- e aqui surge nossa primeira proposta-inscrevendose na dimensão nascente do Terceiro Renascimento que pode assim encontrar o capitalismo 3.0; no encadeamento de uma emoção sustentavel que faz entrelaçar os interesses de pais e filhos, de empresarios e funcionarios.
A proposta é de lançar hipoteses concretas, desenvolve-las com as empresas no plano teorico e pratico para enriquecer esta visão. Em todas as faculdades de Economia deveremos introduzir o ensinamento do Capitalismo 3.0: começando pela Universidade Bocconi e as outras em Milano, aproveitando a Expo 2015 que está focada exatamente nestes argumentos, e vamos desencadear o Circulo Virtuoso. Sei que muitos professores universitarios visitam este blog: vamos começar a trocar nossas opiniões sobre este assunto.