05/11/2008

Reflexão 1 sobre um futuro já presente

Me sinto feliz. Não somente porque uma previsão de um ano atrás e um presentimento deste 16 de janeiro se revelaram corretos, mas porque a arrebatadora vitoria de Obama confirma e reforça uma serie de argumentos que propusemos continuamente neste blog. Trabalhar nesta dimensão proporciona às vezes muitas satisfações: o proximo passo será individuar o dia em que (a duvida é sobre quando, não sobre se) tudo isso acontecerá na Italia. E eu acredito - talvez contra o bom senso - que este dia não seja muito longe.
1) a politica da esperança vencerá a politica do medo
2) o mundo da web 2.0 pode multiplicar ao infinito conteudos relevantes e valores consistentes
3)a abertura ao mundo e a polinização entre as culturas - das quais Obama é a expressão encarnada - constitue uma chave vencedora para o futuro
4) a biografia de cada um se torna uma plataforma politica crivel quando condividida na base dos valores
5) as gerações jovens despertam quando utilizamos seus canais e suas linguagens
6) a politica vence quando em vez de usar as contraposições ideologicas valoriza catalizadores emocionais que sejam condivididos
7) o protagonismo dos lideres precisa encontrar o protagonismo ativo dos seguidores
8) o tam tam virtuoso se origina de projetos condivididos no territorio
9) a retorica da mudança pode ser transformada em um tremendo instrumento de persuasão somente se sustentada pela credibilidade e o exemplo de quem a anuncia
10) os valores tradicionais progressistas ressurgem quando encarnados em praticas absolutamente renovadas, além dos bairrismos ideologicos

Aqui está o que escrevi em 15 de janeiro de 2008
PreSentimento 85. O contra-ataque da esperança
Na corrida às presidenciais americanas Obama já ganhou. Qualquer que seja a conclusão da corrida nas primarias, sua contribuição de frescor e energia deu uma chicotada memoravel em um Pais em crise total de leadership, de credibilidade, de entusiasmo e de visão. O presentimento que agita este blog nos ultimos 6 meses é que o triunfo de Obama será de qualquer modo inevitavel pela simples razão que , depois de 40 anos, ele encarna novamente as esperanças do sonho americano que depois de Kennedy foram se diluindo na teatralidade forçada de Reagan e na pessoal falta de escrupulos de Clinton (apesar disso os 2 presidentes mais amados depois de John). Se a America ainda é a America ( e não temos razões para duvidar disso: o genius loci de um Pais não se apaga assim simplesmente), a mobilização entusiasmada de jovens e pessoas que nunca entraram no jogo da politica, derrubará qualquer avaliação racional sobre a experiencia, a solidez, a preparação de um candidato formidavel como Hillary, digo o casal Clinton (falar em uma candidatura exclusivamente feminina parece francamente limitante) que vantam competencia, relacionamentos internacionais, inteligencia. Agora, como escreve Mario Vargas Llosa no La Stampa de sabado 12 de janeiro, o reformismo idealista e a mensagem de esperança que a autobiografia de Obama propõem também, aparecem hoje sem duvida irresistiveis para uma America que tem uma necessidade desesperada de reencontrar suas proprias raizes ideais.
Data de vencimento: 15 de janeiro de 2009

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