09/11/2008

()Presentimento 52. Os relampagos e a segurança

Data do presentimento: 9 de novembro de 2007
È muito raro que alguem morra atingido por um relampago. Justo na noite de Halloween duas pessoas foram vitima desta mesma fatalidade a poucas centenas de kilometros de distancia, nas Puglias e na Calabria. Esta tragedia, na sua modalidade dupla, nos leva a refletir sobre fatalidade e fatalismo, sobre dasafio e segurança. Nossa obsessão pelo controle alimenta todo tipo de medo na tentativa paradoxal de eliminar da nossa existencia qualquer tipo de risco. Os midia nos bombardeiam com estimulos que transmitem medos atavicos misturados com preocupações cotidianas, exageradamente amplificados em comparação ao perigo real. A solução porém não está em enfrentar o problema racionalmente com os instrumentos da estatistica e da contra-ideologia, como normalmente tem feito a esquerda. O presentimento de fato é que nos proximos 10 anos continuaremos a especular sobre a com-paixão - no sentido da partecipação emotiva às tragedias que é tipica dos seres humanos e ao contrario ausente no mundo animal - para orientar a psicologia individual e coletiva a direcionar o medo e a ansia, e controlar melhor a vida das pessoas, isolando-as na sua percepção do perigo externo, transferido habilmente sobre varios bodes expiatorios - que sejam o imigrante extra-comunitario ou o tal do rumeno. Mas quando um dia qualquer um atirador de elite enlouquece e do seu terraço mata duas pessoas e fere outras oito, ou um improvavel relampago atinge - como na mitologia grega - um funcionario dentro de um estadio, percebemos (talvez) que as condicões externas - por tanto que possam e devam ser melhoradas, nunca estarão totalmente sob nosso controle (nem as ditadura conseguem) e como a beleza do nosso desafio vital esteja precisamente no viver entre o risco do relampago e a felicidade de nossos projetos, em um labirinto que nos solicita continuamente a busca pelo fio de Arianna.
Data de vencimento: 9 de novembro de2017

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