06/11/2008

PreVisão 55. As cidades, novos lugares de aventura

Data da previsão: 6 de novembro de 2007
A condição urbana - dramatica sob muitos aspectos nas megalopoles do Mexico ou do Brasil, da India ou da China - constitue porém uma base ideal de exploração vital, especialmente para as gerações jovens. É isso que os situacionistas dos anos Sessenta, no rastro dos surrealistas, tinham intuido praticando aquela que chamavam a deriva urbana ou psicogeografia. A cidade tornava-se para eles um terreno de aventura, no qual a dimensão ludica e a onirica tinham um lugar de honra. A deriva em uma cidade - em grupo ou sozinhos - permitia explorar um espaço especifico, confrontando-se com todas as possiveis e multiplas diversidades, vivendo assim utopias intersticiais. A navegação na galaxia dos estilos de pensamento, por parte de milhões de jovens sulamericanos ou chineses, deveria de alguma maneira permitir uma experiencia parecida.
Sobre o territorio das megalopoles na Asia e na America do Sul isso tudo está acontecendo: estes lugares na sua articulação complexa entre periferias degradadas e nova arquitetura tem herdado esta propensão para a deriva e a aventura, trocando entre si sinais simbolicos, que não são somente os produtos de consumo, mas sim a possibilidade de novas experiencias relacionais. O importante é que não sejam experiencias univocas e impostas, e sim constituam somente um elemento da propria experiencia vital: nesta dimensão não é dificil prever para os proximos anos uma grande revitalização do proprio conceito de cidadania, ao contrario do que imagina Rifkin no seu livro A era do accesso, no qual previa um desaparecimento de qualquer relacionamento direto com o territorio.
Data de vencimento: 6 de novembro de 2009

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