15/10/2008

PreSentimento 40. China e fenomenologia do poder

Data do presentimento: 15 de outubro de 2007
Entre os argumentos que neste blog também apaixonam mais os leitores assinalamos: a China, a memoria, o poder e a gestão destes em termos de visibilidade e invisibilidade.
O 17esimo Congresso do Partido Comunista Chines e a reconfirmação implicita de seu leader invisivel Hu Jintao, solicitam uma reflexão sobre as logicas do poder no Pais que guiará o mundo - pelo meno do ponto de vista do poder economico - nos proximos 50 anos. Lembramos como Hu Jintao foi escolhido em linha direta por Deng Xiaoping a 15 anos como delfim e continuador da sua politica, e como hoje ele represente simbolicamente a extraordinaria solidez e coesão na visão que se tem deste Pais. A China nestes anos demonstra ser o unico Pais a ter trabalhado com lucidez e eficacia sobre seu futuro. Tendo decidido com cinico realismo que a democracia para os chineses é por enquanto um luxo ainda não acessivel pelos proximos 15 anos pelo menos. Nos pensamos que a questão seja de ter ou não ter concordancia, mas ao contrario isso é irrelevante para o governo chines.
Mas a impressão é - e aqui está o presentimento datado 2022 - que eles vão chegar lá. Sem adotar, é claro, o modelo de democracia ocidental surgido das duas revoluções - francesa e americana - mas atravéz de um metabolismo e um trabalho essencialmente chineses. Como sempre aconteceu na historia deste Pais. É por isso também que na fase atual o leader do maior Pais do mundo não precisa de uma imagem publica, como explica corretamente Rampini no seu artigo de 12 de outubro em La Repubblica . Bem diferente de aqueles nossos politicos ( não são todos assim, é claro) que gritam e rasgam suas roupas na tv, porque não tem visão nem poder de decisão.
Data de vencimento: 15 de outubro de 2022

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