31/10/2008

()Proposta 15. Obama e a politica do terceiro milenio

O grande interesse provocado pelo post de segunda feira passada a respeito da manifestação do PD (partito democratico, na oposição n.d.tr.) me convida a repropor seus argumentos em termos de proposta, com esta ideia de partida: trabar na plataforma emotiva que Obama soube criar nos USA, começando também pela interessante analise de Giuliano da Empoli no seu atualissimo livro Obama. A politica na era de Facebook, que esclarece algumas fases necessarias para entrar na politica do terceiro milenio.

" A manifestação de 25 de outubro se constitue em um divisor de aguas na politica italiana dos ultimos anos, por uma serie de condições externas que se criaram magicamente nestas semanas e que o Partito Democratico precisará saber utilizar nos proximos meses como plataforma emotiva para um relançamento, não somente nas pesquisas, mas também e sobretudo na definição de uma visão e de uma missão. E foi justo a falta de uma plataforma emotiva que dificultou até agora a credibilidade de um projeto lançado às pressas no ano passado para conter o retorno impetuoso de um Berlusconi de outrora. Estas condições respondem pelos nomes de Obama, Gelmini e Saviano. Tres nomes que nos levam a acontecimentos que Veltroni soube bem evocar e modular no discurso expectacular no Circo Maximo para uma plateia que vibrava de emoçâo. A querelle sobre os numeros não é relevante: o que interessa nestes casos é a tomada geral, o blink, a emoção comprimida e contida na intensidade de 55 minutos vividos num só folego, sem baixas de tensão, com a capacidade de refletir, com uma lucidez e um calor que só é dos grandes oradores e dos grandes discursos que ficam por muito tempo na nossa lembrança. E neste caso cai bem o paralelo com um Obama que se apresenta justamente nestes dias com as credenciais para um triunfo que periga ser arrebatador. Veltroni foi o primeiro leader politico do Ocidente a reconhecer o talento e compartilhar da visão do homem que parece fadado a mudar para sempre os paradigmas da politica americana e mundial, que a começar de sua biografia e de um uso inovativo da rede conseguiu na tarefa impossivel de transpor as fronteiras de uma Casa Branca desde sempre realmente só branca e etnicamente traçada: nunca teve um presidente que não fosse wasp, e sempre de origem britanica ou olandesa. Nunca um ispanico, um italo-americano e menos ainda um afro-americano. O Partito Democratico precisará saber endereçar o novo entusiasmo nesta mesma direção, abrindo imediatamente um relacionamento privilegiado com a Nova Casa Branca e o novo curso politico, apresentando uma receita que saiba superar a crisi financeira e esclarecer o fim de um modelo que encontra a direita despreparada e envolvida até os ossos em compromissos de responsabilidade economica e social. Veltroni não hesitou em indicar este como o unico caminho possivel. O segundo nome é o da Gelmini que tornou-se em poucas semanas o simbolo da insuficiencia, da superficialidade, da ignorancia e do provincianismo de um grupo em que somente Fini (não por acaso critico e afastado nesta fase) parece em condição de usar com sabedoria sua preparação politica e institucional. É desconcertante que com o decreto sobre o professor unico na escola primaria (a unica que funciona na Italia, com o reconhecimento no mundo todo), o grupo de governo foi tocar o nervo descoberto da sua fraqueza: a cultura, a educação, a capacidade de desenvolver projetos serios sobre um tema tão estrategico e decisivo, sobre o qual a cultura docentro-esquerda tem uma vantagem enorme, qualquer que seja a opinião de Luca Ricolfi no seu belo livro sobre a inegavel antipatia da esquerda. A superioridade moral e cultural da esquerda é inegavel também; os numeros a demonstram: a media dos livros lidos, de eventos culturais frequentados, de projetos sociais encaminhados no territorio. Por outro lado esta superioridade quase sempre foi-se transformando em desvantagem: a cultura e a inteligencia culturizada levam às distinções cavilosas, ao desenvolvimento da conciencia critica, às infindas discussões nas quais e esquerda se debate eternamente: aos muitos galos no galinheiro.
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l pollaio. Ma nello stesso tempo è una forza straordinaria quando si tratta di smontare le fragili visioni e decisioni di una destra che sulla scuola, sull’Università, sulla ricerca e sulla cultura ha davvero poco da dire e da proporre. Perché come ha saputo felicemente ricordare Veltroni nel suo discorso, per Berlusconi la scuola è la televisione, la sua televisione. Su questo tema il PD potrà recuperare le centinaia di migliaia di genitori che in Italia sono preoccupati per il destino dei loro figli: in Italia – come sappiamo – i figli e la famiglia contano più di ogni altra cosa. Ed è qui che si intravede uno spazio per la riscossa di una Italia che vuole ripartire dai propri talenti nascosti, dai propri valori e dal proprio carattere imprevedibile, ingegnoso e creativo. E’ qui che il Senso dell’Italia può trovare spazio e respiro, nell’utopia realizzabile di un Terzo Rinascimento.L’intempestiva imposizione del decreto sulla scuola ha dunque creato i presupposti di una rivolta e di una presa di coscienza collettiva, al di là delle posizioni politico-ideologiche, tra interi settori della società: dalle mamme agli studenti di tutte le età che fino a quel momento non avevano mai manifestato direttamente una opinione tanto chiara sul futuro.Il terzo nome è quello di Roberto Saviano, che nel corso della manifestazione e del discorso di Veltroni ha ricevuto l’applauso più lungo. Un personaggio - simbolo stesso della possibilità di un Terzo Rinascimento -, con la sua lucidità d’analisi e talento nella scrittura. Con la sua capacità di far convergere ragione ed emozione, una capacità che costituisce la cifra stessa della sua scrittura e della sua protesta, e che evoca la forza di personaggi altrettanto virtuosi nella chiarezza e nella passione: dal Che a Martin Luther King. Ebbene, a dispetto del suo iniziale posizionamento bi-partisan, Saviano sta diventando un eroe del PD al di là delle sue intenzioni, per forza di gravitazione spontanea: Gomorra trionfa nelle librerie e nelle sale cinematografiche coinvolgendo per la stragrande maggioranza quel popolo che le frequenta e che appartiene al mondo del centro-sinistra. Se a questo aggiungiamo le gaffe di Maroni, il coinvolgimento di esponenti della Pdl come Cosentino nelle trame camorriste, e soprattutto la scarsa credibilità di Berlusconi nel combattere questi fenomeni, il quadro appare chiaro e l’evoluzione altrettanto probabile. Saviano è e sarà il simbolo di quell’Italia morale e battagliera che appare migliore di chi la governa. Non bisogna avere paura di affermarlo, a costo di apparire antipatici, e su questo però costruire le basi di una reale alternativa civile e illuminata. Tutti i valori che emergono e continueranno ad emergere nei prossimi mesi e nei prossimi anni sono e continueranno ad essere quelli compatibili con una sinistra riformista nelle pratiche e radicale nei valori, che non accetta compromessi, ma che sa dialogare, ferma e sicura della propria visione del mondo, ma ormai lontana dai veti ideologici e dalle chiusure preconcette. Non è possibile prevedere quanto tempo ci vorrà, ma è certo che il nostro futuro va in questa direzione, e che Veltroni vincerà la sua battaglia, se solo riuscirà a consolidare la sua piattaforma emotiva. La manifestazione del 25 ottobre è stato un primo, importante passo in questa direzione, a condizione che non si smarrisca la strada di una nuova progettualità.(veja as outras propostas sobre o terceiro renascimento
( veja as propostas anteriores na categoria: terceiro renascimento)

Proposta 14. Fenomenologia da felicidade

Data da proposta: 24 de outubro de 2008
Para introduzir o tema do futuro que está a nossa espera, é importante nesta proposta refletir sobre a outra face do medo, ou seja sobre o desafio cotidiano da felicidade. Vamos refletir sobre este modelo, que reune os mais interessantes resultados extraidos de uma pesquisa internacional dedicada á nova concepção da felicidade pessoal, realizada pelo Future Concept Lab em 8 paises (Alemanha,Espanha, Finlandia, França, Inglaterra, Italia, Olanda, Russia), e que vai estender-se nos proximos anos aos Usa, America latina e aos principais paises asiaticos.

O PASSADO. O FUTURO
A felicidade que divide. A felicidade que une.
A dadiva da felicidade a poucos favorecidos. A felicidade do doar, acessivel a todos. A felicidade como apropriação, acquisição. A felicidade como troca, condivisão.
Etica da felicidade individual. Felicidade na etica pessoal.
A felicidade do consumo, que pode-se perder. O consumo feliz, que perdura.
O conto da felicidade, através da ostentação. A felicidade do conto, através da imaginação.
A felicidade projetada no futuro e na tecnologia. O futuro e a tecnologia, reconduzidos á uma vida feliz.
Felicidade a ser defendida, que cria ansiedade e medo. Felicidade a ser condividida, que cria serenidade.
Felicidade como "efeito especial". Felicidade como afeto "especial".

A hipotese de base que fica confirmada pelos resultados da pesquisa, realizada com metodologia etno-antropologica e a anotação cotidiana de diarios da felicidade, concerne a mudança no proprio modelo de experiencia feliz, e a maneira como esta é percebida: menos ligada ao possuir e aquisir bens materiais, que temos medo de perder, e mais proxima á uma capacidade de regozijar junto, que afasta o medo antes mesmo dele nascer. De fato a Italia demonstra uma grande vocação e um talento em manifestar este tipo de felicidade, que tem a valia de ser universal também, e inscrito em um horizonte inter-geracional que re-aproxima os adolescentes aos adultos, a idade jovem á idade madura. Uma felicidade não-economica e muito emotiva, sensorial, que todos os entrevistados demostram apreciar, inclusive porque afasta o medo. Este foi o assunto debatido durante tres dias na convenção internacional organizada pelo Centro Pio Manzú em Rimini, ouvindo relatores do calibre de um Antony Giddens e Serge Latouche.
E este é justamente o cerne da proposta: vamos aprender a condividir de todas as formas nossos pequenos e grandes momentos de felicidade. A alguns anos a felicidade era privativa, alcançava-se a sós, e era comparativa: sou mais feliz que os outros em volta de mim? Hoje a felicidade, embora a alcancemos pessoalmente, precisa ser comunicada aos outros, e constituirse em fonte de troca, como um presente. Condividir as proprias experiencias de vida e de consumo vem a ser uma prioridade para um numero crescente de pessoas, correndo atrás da propria felicidade, como muitas vezes lembramos neste blog. A felicidade convivial, para ser consumida em companhia está crescendo entre os jovens, criando e reforçando os relacionamentos: a comida neste sentido volta a ser fundamental, em especial na Italia. O melhor antidoto contra o medo.
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Proposta 13. O que a crise nos ensina

Data da proposta: 17 de outubro de 2008
O imaginario da crise economica que nestes dias tem reforçado sua presença mediatica eliminando qualquer outra preocupação, merece alguma reflexão e pensamento resolutivo.
1) A crise atual demonstra a crise definitiva de um modelo de desenvolvimento que já era evidente a alguns anos. O fim de um mundo porém , não é o fim do mundo. De uma epoca de mudanças nasce hoje uma mudança de epoca, como repetimos varias vezes neste blog. O rei está definitivamente nu.
2) Os valores que emergem (sustentabilidade ambiental, centralidade do humano, criatividade cotidiana, direitos individuais) precisam se transformar em virtudes, em uma luta em que o individuo precisa conquistar para si o direito de ser o autor, o sujeito da sua propria existencia: a possibilidade de construir sua vida individual, com sua especifica diferença em relação a todas as outras e sua capacidade de dar um sentido geral a cada evento particular.
3) Revalorizar as qualidades tangiveis, cujo conteudo a finança selvagem tinha esvaziado.
4) Revalorizar o longo prazo, uma logica engolida pela visão do curto prazo que tem dominado nas decisões das multinacionais e na avaliação dos objetivos trimestrais, e que tem migrado para o credito ao consumo e o uso patologico da carta de credito.
5) Tudo aquilo que emerge do desmoronamento do neo-liberismo e do economicismo precisa de qualquer forma ser orientado na direção de uma sociologia da subjetividade. A economia não sobrevive sem uma visão social renovada. O sujeito é sempre individual, mesmo quando se envolve na ação coletiva, no papel de defensor de um direito universal.
6) Os direitos individuais constituem o eixo desta nova fase descrita por Touraine em A globalização e o fim do social.
7) A fragilidade do eu depois do occaso dos Grandes Contos, encontra a possibilidade de um grande conto dele proprio a reconhecer a existencia individual e singular. Esta possibilidade se torna concreta pela revolução da Rede, com os blogs e social networks, em que o individuo participante torna-se um protagonista.
8) O sujeito se esforçará para criar instituições e regras de direito capazes de sustentar sua liberdade e criatividade, utilizando estas instituições e associações, sem porém dobrar-se a elas.
9) No Terceiro Renascimento precisará elaborar a imagem e identidade do sujeito-autor, fecundas de virtudes inconcientes, que herdamos do Renascimento Italiano. Aquele que será inevitavelmente o sujeito da historia, e que vem a ser o contrario do sudito ou do consumidor.
10) O emergir do sujeito está ligado ao declinio das grandes narrações mencionado por Jean-François Lyotard, e que vem sendo porém substituidas pelas grandes narrações pessoais que a Rede nos traz. A vida do sujeito pessoal terá a mesma dramaticidade da historia do mundo.
Resumindo, a decima terceira proposta é recomeçar a partir das mudanças que a crise decretou definitivamente, para plasmar de forma nova nosso horizonte futuro.
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30/10/2008

Proposta 12. Nós não temos medo

Data da proposta: 10 de outubro 2008
Enfrentamos já varias vezes este tema neste blog mas desta vez a contrubuição vem de David Lyon, sociologo frances que recentemente participou do festival do direito de Piacenza.
Lyon esclarece que o medo e a insegurança são um produto daquelas mesmas tecnologias que deveriam combate-los, por conta de uma especie de paradoxo perverso. Mais camaras filmadoras não te fazem sentir mais seguro, ao contrario aumentam a ansiedade e a suspeita. Maiores contatos telefonicos com nossos familiares não oferecem tranquilidade e sim criam um estado de tensão permanente. Sobre este aspecto reportamos um trecho do discurso di Lyon que não deixa duvidas: "Certezas e relacionamentos sociais desmoronaram, vivemos na era da suspeita. Um tempo tinha importancia quem vocé era e aquilo que vocé sabia fazer, hoje a regra é: " o que nos sabemos de vocé?". Como nunca se sabe o suficiente, a ansiedade cresce"
A decima segunda proposta se refere portanto a uma primeira necessidade, a de reconquistar a coragem de viver, afirmando: Nos não temos medo. E ainda. Nos não temos medo de não encontrar um emprego. Nos não temos medo de perder o emprego. Nos não temos medo de viajar pelo mundo. Nos não temos medo de ter coragem. Nos não temos medo de sair aos 20 anos da casa dos paes. Nos não temos medo de sonhar o futuro. Nos não temos medo de ser agredidos por um imigrante. Nos não temos medo de denunciar quem nos agrediu, qualquer ele seja. Nos não temos medo de ficar entediados. Nos não temos medo de ter uma opinião. Nos não temos medo de argumentar com quem tem uma opinião diferente da nossa. Nos não temos medo de não ser suficientemente importantes. Nos não temos medo de quem é racista porque é natural para ele. E assim poderiamos continuar e até criar uma nova colecção de camisetas....
( veja as propostas anteriores na categoria: terceiro renascimento)

PreSentimento 47. A revanche do cerebro arcaico.

A um ano de distancia deste presentimento, a marcha triunfal de Obama parece confirmar a relevancia da ultima frase, a respeito de carisma natural.....

Data do presentimento: 30 de outubro de 2007
A Africa negra representa sob muitos aspectos o antidoto radical á experiencia americana. Aqui tem o espetaculo mediatico , ao passo que lá tem a tradição oral, nesta tem o hipermercado gigante repetido sempre igual ignorando a diversidade do territorio, naquela tem o micro-mercado que plasma a aldeia toda: a linha americana é engolida pela curva africana, a demarcação do espaço corporeo encontra aqui a promiscuidade ritual, o final feliz se dissolve no sacrificio iniciatico, o algido monoteismo do sucesso é substituido pelo politeismo visceral do fetiche. A lista poderia continuar. Porém, aquilo que mais chama a atenção é o modelo alternativo de felicidade que a Africa ainda hoje parece ter condição de produzir. E que transparece nas caras e nas expressões das crianças que a gente encontra ás centenas nas escolas das aldeias. Uma alegria que exprime a plenitude do contato com o que é diferente, através do sorriso admirado por vocé estar ali do lado deles. Acariciando instintivamente os pelos dos seus braços, como muitos fazem, em um reflexo condicionado de abertura ao mundo do outro. Experiencia excitante, supra-sumo de pura felicidade.
O presentimento é que a cultura africana, com seu impulso vital e sua carga ancestral, vai poder reconquistar um papel relevante no corpo integral da sociedade global que nos espera, propondo-se com a centralidade do "cerebro arcaico" que conserva os elementos neurologicos mais primitivos ligados ao instinto e á sobrevivencia, que constituem ainda hoje as zonas do cerebro mais misteriosas e fascinantes. A difusão global das tatuagens, do piercing, do corte de cabelo tribal e de um "corpo ritmico", representam somente um exemplo da nova relevancia desta "africanidade", que emerge também, de maneira mais refinada, da dignidade ancestral e da elegancia natural dos afro-americanos nos USA ou no Brasil.
Data de vencimento: 30 de outubro de 2020.

29/10/2008

PreVisão 51. O feminino puxa e educa

Data da previsão: 29 de outubro de 2007
Temos varias vezes sublinhado como as tendencias de vida e de consumo emergentes propõem uma continua valorização de qualidades e comportamentos que saem da esfera do feminino para se tornar catalizadores universais: o cuidado, a qualidade das relações, a capacidade de administrar o cotidiano. Nas ultimas tres decadas a mulher abandonou gradualmente o cliché de mulher do lar , concentrado nos valores de casa e familia, e adquiriu uma nova capacidade de avaliação através da sua propria subjetividade, e isso ao mesmo tempo faz com que ela se torne a grande protagonista das escolhas familiares e do casal. Estas transformações sinalizam uma nova capacidade de expressar experiencias no feminino, que já está reconhecida no imaginario coletivo, mesmo porque já está claro para todos como as mulheres estão superando numericamente os homens, por exemplo na instrução superior ( na Italia nos ultimos anos tivemos 58% de formaturas femininas contra 42% de masculinas, na França o 55% dos inscritos é mulher, na Alemanha 52%); e o saber feminino, saindo dos muros domesticos para o ambiente de trabalho, está dando origem a uma cultura empresarial baseada na orientação ao relacionamento. Algumas mudanças de papel, como por exemplo as mulheres que operam na area financeira, resultam garantir uma maior seriedade, e as mulheres em cargos politicos de prestigio, historicamente um territorio masculino, mostram uma evolução da figura feminina e de seu papel dentro da sociedade que parece orienta-la a abandonar as caracteristicas mais estereotipadas do seu genero ( a emotividade por exemplo) em prol de uma maior racionalidade e de um equilibrio entre as duas. Este também é um elemento que consolida e explica a grande capacidade de escolha demonstrada pelas novas mulheres, e nos faz prever no proximo quinquenio uma mudança epocal no nosso País também.
Data de vencimento: 29 de outubro de 2012

28/10/2008

PreSentimento 46. O lar como uma caixa de surpresas.

Data do presentimento: 28 de outubro de 2007
O ambiente domestico no futuro será uma caixa cheia de surpresas, em continua alternança entre o material e o imaterial. As qualidades extruturais, fisicas serão proximas ás atuais hoje na arquitetura, com a caracteristica porém de uma fruição mais flexivel e informal do espaço. De fato o paralelismo apropriado para a casa do futuro é o modelo de habitação japonesa, onde os espaços internos são caixas interconectadas de maneira simples, o espaço , no interior, é limitado pelas funções e fins, um conjunto definido somente pelos muros externos, onde os limites internos podem ser tanto tangiveis como intangiveis. Comprender a expressão fisica da casa do futuro significa em primeiro lugar reconhecer de maneira iluminista os progressos da tecnologia, a presença de plataformas digitais, a comunicação entre aquilo que está dentro da casa e o espaço circumstante, sem incorrer porém no costumeiro erro (como nos filmes de ficção cientifica dos anos '60) de imaginar uma mecanização da domesticidade, ou uma presença invasiva da tecnologia. Ao contrario o presentimento é que quanto mais tecnologia, menos a veremos. Pois de fato vai ser valorizada a inteligencia invisivel do poder tecnologico. Evidentemente os habitadores da casa do futuro procurarão proteção e silencio, mas ocasiões de socialização e expressão pessoal também. Seu desejo de exploração será apagado pela tecnologia, e seu desejo de fuga, mental e fisica, do contexto urbano e do stress cotidiano será gratificado pela micro-presença de areas verdes, para um viver cotidiano mais inter-geracional.
Data de vencimento: 25 de outubro de 2015